A águia-real é a maior águia da Península Ibérica apresentando uma envergadura entre 2,05 e 2,20 m. A uma distância de observação superior a 500 m, as aves adultas parecem ser uniformemente escuras, contudo, observadas de perto é visível uma banda de cor mais clara na base da asa, verificando-se o mesmo na cauda.
Aquila chrysaetos
A águia-real é a maior águia da Península Ibérica apresentando uma envergadura entre 2,05 e 2,20 m. A uma distância de observação superior a 500 m, as aves adultas parecem ser uniformemente escuras, contudo, observadas de perto é visível uma banda de cor mais clara na base da asa, verificando-se o mesmo na cauda. Na parte superior, destaca-se uma banda mais clara nas coberturas das asas. Os juvenis e os imaturos apresentam uma banda de cor branca nas asas e na cauda, tanto no lado superior como no inferior. Todos os indivíduos apresentam a nuca e a coroa mais claras, variando do amarelo ao castanho-claro.
A águia-real é uma espécie residente em Portugal, habitando as regiões mais inóspitas e montanhosas, com áreas de bosque e zonas rochosas, do interior do país. É uma ave territorial que vive sob a forma de casais monogâmicos, uma vez que a ligação entre o macho e a fêmea pode durar vários anos, sendo quebrada somente com a morte de um deles.
Em Portugal apresenta o estatuto de "Em Perigo" (EN) no Livro Vermelho de Vertebrados, todavia aparentemente a população nacional encontra-se estável ou com tendência para um ligeiro incremento.
A águia-real, por ser predador do topo da cadeia alimentar, torna-se muito sensível a alterações do meio, principalmente as provocadas pelo homem. Por estes motivos, é uma espécie-chave do ecossistema onde habita, tendo uma grande relevância como espécie-indicadora da qualidade ecológica.